O maior perigo da solidão é a
facilidade proporcionada
Sem exercício de paciência, sem necessidade de ouvir, de corresponder,
sem doação.
Uma vez compreendida, a solidão é reveladora e aconchegante, mas como o
excesso nunca é bom, vamos nos acomodando numa verdade absoluta que não é
compartilhada e logo não é confrontada. E assim ficamos sem raciocinar, sem
evoluir e sem enxergar.
Toda relação é uma arte. Saber lidar com as nossas próprias expectativas
é uma tarefa difícil. Saber lidar com as expectativas que os outros têm também
é algo engrandecedor porque nesses
casos temos que aprender a separar o que
é da natureza do outro do que é de fato uma deficiência nossa, entender os
possíveis erros cometidos, falhas e por fim, entrar no jogo com a verdade
criada, se colocando a disposição para ouvir o que talvez não queira e
compreender argumentos capazes de levar por terra tudo o que era confortável
acreditar.
A solidão é necessária, mas também pode nos levar a viver uma ilusão.
Podemos ter justificativas para tudo, mas justificativas não irão proporcionar nenhum
crescimento.
Sempre que abraçamos a responsabilidade de algo, estamos nos colocando
no caminho da evolução.
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