
Estou com medo de escrever. Escrever e imortalizar um sentimento. Escrever e esquecer. E lá em frente ler, e sentir de novo. E doer de novo. Relembrar o que deve ser esquecido. Ver que não esquece. Cutucar a ferida. Imaginar como poderia ter sido. Fantasiar cenas em câmera lenta. Sentir saudade do que não existiu nunca. Saber que foi melhor assim. Se convencer disso. Fugir de uma ilusão com outra ilusão. Fingir que tudo bem. Acreditar no que foi proposto. Ignorar o fato de não ter dado tudo de si. Abstrair. Sublimar. Racionalizar sentimentos. Colocar armaduras. Continuar dando passos tortos. Encarar a realidade, os fatos. Os indícios. O que tudo isso indica. O destino que não foi. A crença que não é. O toque não sentido. O passado presente. Presente não aberto. Futuro escrito.
Assim fica mais fácil. Assim já sabemos o que fazer. Assim, quando não se tenta, não se sente culpa pelas conseqüências. Assim machuca menos. Assim podemos colaborar com o movimento “venda nos olhos”. Assim é fácil. É só ler o manual.
Assim fica mais fácil. Assim já sabemos o que fazer. Assim, quando não se tenta, não se sente culpa pelas conseqüências. Assim machuca menos. Assim podemos colaborar com o movimento “venda nos olhos”. Assim é fácil. É só ler o manual.
DIAMANTE BRILHANTE, VOCÊ MULECA!
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