segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mergulho


Submersa na solidão olhando cara a cara coisas tão íntimas, coisas inomináveis que não vemos todos os dias, não sentimos, não tocamos. E isso causa espanto. Mergulho em busca de emoções que perdi.

Angústia pela falta de sentimento...

O extremo. O ponto oposto. O outro lado da moeda.

Caminho em corda bamba em busca do equilíbrio. Todos olham. Torcem para alguma manifestação. Posso cair, desistir, voltar atrás, seguir em frente....Posso tudo.

Vejo. Todos estão ali. Esperando...

Olho para dentro. As expectativas são minhas, dizem respeito a mim. Não mais espero do mundo que vejo com olhos. Espero do mundo que vejo com a alma. Espero de mim, das coisas minhas que só eu sei. Eu me frustro. O meu íntimo mostra a realidade ao meu eu externo. Demonstra a realidade do meu universo, da minha particularidade.

Eu no fundo de mim. Resgato algo para superfície, eu tento.

Atingi muita profundidade sobre mim. Posso mergulhar mais ou me dar por satisfeita. Me afogo em mim, por mim.

A briga agora é comigo.

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