sábado, 30 de janeiro de 2010

O que sou eu...


Não me defina.

Não tente fazer o que eu mesma não consigo.

Não me limite.

Assim as outras oportunidades parecerão mais interessantes.

Não me julgue.

O que pensamos diz sobre nós mesmos, não sobre o outros.


Todas as possibilidades do que posso ser são minhas. Tomo-as para mim.


Existem trilhas que posso seguir. As vírgulas e pontos da minha existência são de responsabilidade minha. Minhas escolhas traduzem meu momento, não a minha essência.


Talvez metáfora. Talvez metamorfose.

Tudo isso ou nada disso.

O que sou eu.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Novo


A gente sabe que tem que ir, mas tem medo...

É tão seguro segurar nas mãos de quem amamos e de repente sentimos a necessidade de soltar, enxergamos que podemos seguir, ir adiante e continuar. E para isso temos que ter as mãos livres, temos que nos desapegar da tranquilidade, da segurança, da certeza....

Desapegar. Exercitar o desapego. Saber que somos únicos. Que chegamos só e vamos só.

E assim nos damos conta da grandiosidade da vida e da pureza do verdadeiro amor. Lutamos para chegar onde estamos, nos esforçamos, sonhamos com a conquista e quando nos damos conta, estamos lá, estamos no lugar que almejamos em outro momento e aí.....E aí?

Bom, novamente temos que fazer escolhas, optar e sonhar. E seguimos assim, vivendo nossos ciclos, saboreando cada momento e quando sabemos ver a beleza de cada dificuldade, de cada empecilho, desenvolvemos a consciência da nossa capacidade.

É tão seguro segurar nas mãos de quem amamos e de repente sentimos a necessidade de soltar... A gente se solta das mãos e se enlaça pelos corações. E então seguimos só, eternamente ligados uns aos outros...

domingo, 10 de janeiro de 2010

Recordação


É bom recordar...

Recordar que já fui criança a ponto de não ter medo do desconhecido. Que já me joguei no mar sem ver como estava a maré, sem me preocupar se a água estava limpa ou não.

Já fui criança a ponto de acabar de colocar a roupa nova, ficar contente e sujá-la...não por maldade, mas porque rolava na grama por diversão. Já quis ficar acordada até tarde brincando sem me preocupar se teria que fazer algo importante depois, pela manhã.

Chorei desesperadamente porque queria a minha mãe, sem pensar se estava fazendo papel de ridícula...

Arrisquei várias manobras com a minha bicicleta cor-de-rosa sem levar em consideração o tamanho da dor que eu sentiria depois do tombo. E doía...E eu levantava e fazia de novo.

Já brinquei sozinha. "Salvei o mundo" no esconde-esconde. Peguei a mochila e disse que ia embora de casa. Briguei pra sempre e fiz as pazes no mesmo instante. Inventei desculpas para não ir a escola. Subi em árvores sem antes analisar a melhor forma de chegar onde queria... e chegava! Ganhei corridas. Perdi o jogo. Gargalhei sem ter os dois dentes da frente...

A experiência tem que nos fortalecer e não nos amedrontar.

A criança cai, rala o joelho e sente dor. Ela chora. Mas ela vê todo mundo brincando e recomeça. Ela sabe que a dor vai passar e que a diversão vale a pena...